O que causa a poliomielite? - Summit Saúde

O que causa a poliomielite?

12 de junho de 2022 4 mins. de leitura

Preocupação com a paralisia infantil volta a ganhar destaque após redução nos números de vacinação

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A paralisia infantil é o nome popular dado à poliomielite, ou pólio, uma doença infecciosa grave que é causada pelo poliovírus, do gênero Enterovírus e da família Picornaviridae.

Quando uma pessoa contrai o poliovírus, ela pode desenvolver ou não a doença. Devido a isso, estima-se que uma a cada 200 pessoas contaminadas desenvolvam a enfermidade, que afeta os músculos e, em casos mais graves, os membros inferiores do corpo.

Transmissão e sintomas da poliomielite

A transmissão ocorre via fecal-oral (seja pela água contaminada, seja por contato com as fezes de alguém que seja portador da doença) ou oral-oral (por meio de gotículas no ar). A doença, que pode ser fatal em casos raros, costuma causar sintomas como:

  • febre;
  • dor de cabeça;
  • espasmos musculares;
  • dores pelo corpo;
  • vômito;
  • diarreia;
  • rigidez corporal, principalmente na nuca.

Luta brasileira contra a paralisia infantil

No Brasil, a enfermidade foi erradicada, com o último caso tendo sido confirmado em 1989, segundo a Secretaria da Saúde do Paraná. Para alcançar esse patamar, o País precisou realizar diversas campanhas de vacinação para conter o avanço da doença. A aplicação do imunizante é recomendada em crianças de até cinco anos de idade.

A gotinha é uma opção menos invasiva para as crianças. (Fonte: Smile Studio AP/Shuterstock/Reprodução)

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De acordo com o Ministério da Saúde, o plano vacinal brasileiro contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável aos dois meses, quatro meses e seis meses de vida, além de mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, popularmente conhecida como gotinha, que devem ser feitas na sequência correta.

Como evitar o retorno da poliomielite?

A falta de aderência na vacinação infantil contra a poliomielite é um dos principais agravantes do possível retorno da doença, reflexo do movimento antivacina que está começando a ganhar força no Brasil.

De acordo com dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que foram divulgados pelo Ministério da Saúde, o País não conseguiu atingir a sua meta vacinal de 95%. O calendário nacional de vacinação tem 15 vacinas, que são direcionadas a diferentes públicos-alvo.

Em 2018, a imunização só alcançou 76,6% e, em 2021, o índice foi de apenas 67%. A situação abre a possibilidade para o retorno dos casos de paralisia infantil, que está erradicada há mais de 30 anos no País.

Serra Leoa é um dos países africanos que ainda precisam lidar com a poliomielite. (Fonte: Belen B Massieu/Shutterstock/Reprodução)

Retorno da poliomielite em outros países

Países pelo planeta têm registrado novos casos da doença, o que preocupa as entidades internacionais de Saúde. De acordo com as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), 28 países que haviam erradicado a doença reportaram novos casos nos últimos anos. Entre eles, estão: Ucrânia, Egito, Israel, Tajiquistão, Irã, Somália e Iêmen.

O restante dos países estão no continente Africano. Vale destacar que, apesar de existirem casos em locais onde a enfermidade havia sido erradicada, a realidade é de que alguns nunca conseguiram erradicá-la, como é o caso do Afeganistão e Paquistão.

Em outras palavras, com a queda no índice de vacinação contra a poliomielite, a América do Sul e, principalmente o Brasil, devem entrar em estado de vigilância e alerta para combater o retorno da doença.

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Fonte: Tua Saúde, Ministério da Saúde

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