Em 2009, o vírus H1N1, conhecido como gripe suína, rapidamente causou uma crise sanitária internacional
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A pandemia de H1N1, também conhecida como gripe suína, atingiu o mundo todo em 2009. A doença não foi tão catastrófica quanto a covid-19, mas tirou a vida de 2.098 brasileiros. Estudos recentes mostraram que uma nova peste suína está matando animais pelo mundo e relembra o começo da Influenza A.
Batizada de peste suína africana (PSA), a doença matou, em 2019, um quarto dos porcos de todo o mundo. O novo vírus afetou porcos e javalis ao redor do mundo, conseguindo sobreviver por meses dentro do hospedeiro infectado e sendo altamente contagioso.
A China é a região que mais sofreu com a PSA, perdendo metade da população suína do país. O vírus já está espalhado por diversas regiões, como Ásia, África e Europa. Por enquanto, os estudos revelam que a nova peste suína africana não pode infectar humanos. Entretanto, a possibilidade do vírus sofrer uma mutação está preocupando as entidades.
A preocupação dos cientistas é de que os porcos, que são as principais vítimas da PSA, gerem novas variantes da influenza. Isso porque eles podem entrar em contato com gripes de humanos, aves e outros animais, o que pode acabar misturando as variantes das doenças.
Portanto, uma possível nova pandemia de H1N1 envolveria o porco, que acabaria funcionando como um hospedeiro e promoveria a mutação entre a peste suína e a Influenza A.
Vale lembrar que se alguém contrair a gripe suína atualmente, provavelmente sentirá apenas sintomas leves de uma gripe comum e naturalmente passaria.
Porém, se ocorrer uma mutação entre as duas variantes, pode ser possível que os seres humanos sejam infectados pela peste suína africana. Isso geraria uma doença ainda mais letal e uma nova crise sanitária internacional, levando em consideração o quão contagiosa é a peste e o tempo que ela fica no hospedeiro infectado.
Estima-se que os primeiros casos da gripe suína aconteceram no México e nos Estados Unidos. Ainda que a lembrança das pessoas faça mais referência aos períodos de isolamento, que aconteceram entre junho e agosto de 2009 no Brasil, a pandemia só foi declarada vencida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em agosto de 2010.
Durante os 12 meses de duração da pandemia de 2009, os dados apresentados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) estimam que a gripe suína causou entre 151 mil e 575 mil mortes em todo o planeta.
Em terras brasileiras, o Instituto de Medicina Tropical da USP fez um estudo, com base nos dados do Ministério da Saúde, que apresentou 53.797 casos confirmados da Influenza A e 2.098 pessoas mortas pelo vírus.
De momento, não existem maiores preocupações sobre a possibilidade da peste suína africana infectar os seres humanos. Porém, a existência da doença alerta sobre a conexão entre as ações humanas e as doenças que acabam surgindo e afetando todas as espécies.
Fonte: Poder 360, BBC News.