Quando vamos sair da fase emergencial da pandemia?

17 de maio de 2022 4 mins. de leitura
Relatório apresentado pela Organização Mundial da Saúde indica ações prioritárias de combate à pandemia

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em 30 de março de 2022 um plano estratégico atualizado para a covid-19, com recomendações de ações prioritárias voltadas ao fim da fase emergencial da pandemia. A agência recomendou que os países invistam em vigilância, laboratórios e inteligência de saúde pública, para permitir a detecção precoce das mudanças no vírus.

As orientações também incluem continuar a vacinação e coordenar respostas à covid-19 longa, permitindo mapear e reduzir as consequências de longo prazo causadas pela doença.

Qual será o futuro da pandemia?

“Com base no que sabemos agora, o cenário mais provável é que o vírus da covid-19 continue evoluindo, mas que a gravidade da doença que ele causa diminua com o tempo enquanto a imunidade aumenta por conta da vacinação e das infecções”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, à imprensa.

A organização ainda prevê que, neste cenário, o vírus entre em um padrão sazonal semelhante ao da influenza, com picos em meses mais frios. Os surtos da doença se tornariam menos graves e o aumento da transmissão acompanharia a diminuição da imunidade, sendo necessárias doses de reforço vacinal apenas para a população de risco.

Outros dois cenários foram apresentados no relatório. No melhor, as variantes futuras seriam menos graves e não seriam necessárias doses de reforço vacinal ou alterações significativas nas vacinas disponíveis. No pior cenário, o vírus assumiria formas altamente mortais e transmissíveis, demandando mudanças consideráveis nas imunizações e distribuição ampla de doses de reforço a grupos vulneráveis.

Vigilância e saúde pública devem ser prioridade

A OMS ressalta a importância da inteligência de saúde pública, a partir da coleta e da análise de dados precisos em tempo real servindo como base para a tomada de decisões. A agência afirma que, no mínimo, são necessárias informações acerca da doença, da utilização e da capacidade do sistema de saúde para que haja prevenção e respostas eficientes contra a covid-19.

É indicado aos países que adéquem suas políticas de testagem, monitorando o surgimento e a evolução de novas variantes tanto na população humana quanto nos animais, já que o vírus pode circular e se desenvolver em espécies domesticadas ou selvagens. Segundo a OMS, essa é uma ferramenta subutilizada, que demanda investimentos urgentes e implementação mais ampla no mundo todo.

36% da população ainda não foram vacinados

Mais de 11 bilhões de doses já foram administradas, mas 36% da população mundial ainda não receberam a primeira dose da vacina. A OMS ressalta a importância do objetivo de imunizar 70% da população, focando especialmente os grupos mais vulneráveis.

No relatório, a agência afirma que a vacinação é importante para impedir a forma grave da doença, mas está se mostrando menos eficiente do que o esperado na redução da infecção e da transmissão da covid-19. A OMS cita o impacto modesto da imunização na infecção pela ômicron, a variante do vírus que é dominante hoje.

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Fonte: Reuters, Agência Brasil, ONU News

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