Asma grave: Meet Point Estadão aborda a importância do diagnóstico

16 de maio de 2023 5 mins. de leitura
Estadão debate a importância do diagnóstico para tratar casos de asma grave

Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Asma, o Estadão realiza o Meeting Point intitulado “A Importância do Diagnóstico da Asma Grave”, nesta segunda-feira (16), às 17h. O evento, em parceria com a AstraZeneca, busca conscientizar sobre a relevância do diagnóstico precoce dessa condição crônica das vias aéreas.

Cerca de 20 milhões de brasileiros, entre crianças e adultos, são afetados pela condição. Estima-se que de 1% a 2% dos pacientes com asma sofrem da forma grave da doença, enquanto entre 5% e 10% enfrentam um tratamento desafiador, necessitando de acompanhamento em centros de referência especializados.

A pesquisa inédita “A Voz do Paciente”, realizada pela Ipsos a pedido da Casa Hunter, aponta que os adultos levam, em média, quatro anos para obter o diagnóstico, enquanto as crianças levam um ano. Durante esse período, ambos os grupos sofrem, em média, sete crises. Os sintomas incluem chiado no peito, falta de ar, sensação de aperto no peito e tosse.

Quando a asma é considerada grave?

Quando os remédios não conseguem controlar as crises de asma, a doença é causada grave. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A asma é considerada grave quando, mesmo com o uso de doses elevadas de duas ou três medicações de controle combinadas, os sintomas persistem, ocorrem exacerbações e há limitações significativas no dia a dia do paciente.

O diagnóstico inicial de asma pode ser realizado por médicos generalistas, clínicos gerais ou pediatras, com base na análise dos sintomas clínicos e dos resultados da espirometria, desde que sejam consistentes com a doença.

No entanto, a determinação da gravidade da asma, a dificuldade de controle e o manejo de doses elevadas de medicamentos devem ser responsabilidade de especialistas na área. Os pacientes que estão com suspeita de asma grave devem procurar os centros de referência especializados no tratamento da doença.

Leia também:

O que pode causar a asma grave?

Obesidade e substâncias alérgenas podem contribuir para crises de asma grave. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

As causas da asma grave ainda não são completamente compreendidas, mas sabe-se que são multifatoriais e envolvem a interação de diversos elementos, como substâncias alérgenas, tal qual ácaros, pólen, pelos de animais, fungos e certos alimentos, ou poluente ambientais, como fumaça de cigarro, poluição atmosférica, produtos químicos, poeira e vapores tóxicos.

O excesso de peso e a obesidade estão associados a um risco aumentado de desenvolver asma grave. A presença de outras condições médicas, como rinite alérgica, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e síndrome de apneia do sono, pode contribuir para o agravamento da doença.

Além disso, infecções virais ou bacterianas frequentes nas vias respiratórias superiores e inferiores podem desencadear exacerbações da asma. Certas ocupações e exposição a substâncias no ambiente de trabalho podem desencadear ou agravar a asma grave. Isso é conhecido como asma ocupacional.

Como tratar a asma grave?

O tratamento da asma grave é complexo e deve ser realizado sob a supervisão de um médico especialista. As principais estratégias de tratamento incluem o uso contínuo de medicamentos corticosteroides e broncodilatadores para controlar os sintomas e prevenir as exacerbações.

Os corticosteroides são utilizados para reduzir a inflamação das vias respiratórias, enquanto os broncodilatadores ajudam a relaxar os músculos das vias aéreas, facilitando a respiração. Esses medicamentos podem ser administrados por meio de dispositivos inalatórios, como aerossóis pressurizados ou nebulizadores.

Além dos medicamentos, é fundamental que os pacientes com asma grave evitem ao máximo a exposição a substâncias que possam desencadear crises, como alérgenos, poluentes atmosféricos, fumaça de cigarro e produtos químicos irritantes. A adoção de medidas de controle ambiental, como a utilização de capas antialérgicas em colchões e travesseiros, também pode ser recomendada.

Recentemente, agentes biológicos (anticorpos monoclonais) foram incorporados ao tratamento da asma grave, pois são capazes de controlar a doença, reduzindo a necessidade de corticoides orais e seus efeitos colaterais.

Para acompanhar o evento online na íntegra e conferir o que especialistas e pacientes têm a dizer sobre o diagnóstico da asma grave, basta clicar aqui.

Fontes: Estadão, Rede Dor São Luiz, Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Abai)

169950cookie-checkAsma grave: Meet Point Estadão aborda a importância do diagnóstico