O que é trombose: fatores de risco, causa e tratamento

9 de outubro de 2023 5 mins. de leitura
A trombose pode acontecer em qualquer idade e evoluir para complicações graves, como embolia pulmonar, AVC e até morte

A trombose é uma condição complexa e potencialmente perigosa que pode levar a complicações como embolia pulmonar, acidente vascular cerebral (AVC) e evoluir até o óbito. Muitas vezes, a condição pode ser assintomática, o que torna o diagnóstico precoce e o tratamento no início da doença ainda mais desafiadores.

Os sintomas da trombose incluem dor persistente e profunda, inchaço, vermelhidão e calor, além de endurecimento da pele e sensação de peso ou cansaço nas pernas. Em casos mais graves, as pessoas com a doença podem sentir falta de ar repentina e dor no peito, apresentar tosse com sangue, batimentos cardíacos acelerado e até tontura e desmaio.

Com a conscientização e a prevenção, é possível reduzir os riscos associados a essa doença e proporcionar uma melhor qualidade de vida para aqueles afetados por ela. Medidas simples, como praticar exercícios físicos, evitar o tabagismo e ter uma alimentação saudável, podem ajudar a reduzir as chances de desenvolvê-la.

O que é trombose?

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
A formação de coágulos no sangue é a principal característica da trombose. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

trombose é uma condição médica caracterizada pela formação de um coágulo sanguíneo, também conhecido como trombo, no interior de uma ou mais veias. Geralmente, a trombose ocorre nas veias das pernas e, em casos mais graves, nas veias dos braços ou de outras partes do corpo.

O coágulo sanguíneo é formado pela coagulação do sangue, um mecanismo natural do corpo para estancar o sangramento em caso de lesões nos vasos sanguíneos. Entretanto, em algumas situações, esse processo de coagulação pode acontecer de maneira inadequada, levando à formação de um coágulo onde não há sangramento.

A condição pode se agravar quando o coágulo se solta do local original de formação e penetra na corrente sanguínea, causando embolia. Ele pode viajar pelo sistema circulatório até se alojar em órgãos importantes, como pulmões, cérebro e coração, bloqueando o fluxo sanguíneo, o que pode causar lesões graves e até ser fatal.

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O que causa trombose?

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Meias de compressão ajudam a reduzir os sintomas da trombose. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A trombose pode ocorrer em qualquer idade, mas as chances de desenvolver a doença aumentam com a presença de múltiplos fatores de risco ou sua combinação.

A seguir, veja algumas das principais condições que contribuem para o aparecimento de coágulos do sangue.

  • Imobilidade prolongada: ficar sentado ou deitado por longos períodos sem movimentar as pernas, como em viagens de avião, pode dificultar o retorno do sangue venoso ao coração, favorecendo a formação de coágulos.
  • Cirurgias e traumas: procedimentos cirúrgicos, especialmente os de grande porte ou ortopédicos, aumentam o risco de trombose, pois podem causar danos nas veias e interromper o fluxo sanguíneo.
  • Gravidez e pós-parto: as alterações hormonais e o aumento da pressão nas veias podem aumentar a tendência à formação de coágulos. O pós-parto também é um período de risco elevado para trombose.
  • Uso de contraceptivos hormonais: alguns contraceptivos orais que contêm estrogênio podem aumentar o risco de trombose, especialmente em mulheres com outros fatores de risco.
  • Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de trombose têm maior predisposição para desenvolver a doença.
  • Obesidade: o excesso de peso está associado a um aumento da coagulação sanguínea, aumentando o risco de trombose.
  • Tabagismo: o cigarro danifica as paredes das veias e pode intensificar a coagulação sanguínea, tornando a trombose mais provável.
  • Idade avançada: com o envelhecimento, há maior tendência à formação de coágulos.
  • Doenças crônicas: algumas condições médicas, como câncer, doenças cardíacas, doença renal e doença inflamatória intestinal, podem aumentar o risco de trombose.
  • Terapia de reposição hormonal: o uso de terapia hormonal após a menopausa pode aumentar o risco de trombose em algumas mulheres.

Como é feito o tratamento de trombose?

O diagnóstico é realizado por meio de avaliação clínica, exames de imagem (como ultrassonografia Doppler) e exames laboratoriais realizados por médicos especialistas, como angiologistas, cirurgiões vasculares ou hematologistas, para verificar marcadores inflamatórios e função de coagulação. 

Os anticoagulantes são usados no tratamento para reduzir a coagulação sanguínea, evitar o surgimento e a migração de novos coágulos. Em casos específicos, é possível utilizar trombolíticos para dissolver coágulos extensos, ou inserir filtros de veia cava para evitar embolias.

Para aliviar sintomas como inchaço e dor, podem ser recomendadas meias de compressão, que ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas. Além disso, o médico pode orientar mudanças no estilo de vida, como aumentar a atividade física, manter uma dieta saudável e parar de fumar, para reduzir os fatores de risco para a trombose.

Fontes: Ministério da Saúde, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)

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