Hidratação pode diminuir riscos de insuficiência cardíaca - Summit Saúde

Hidratação pode diminuir riscos de insuficiência cardíaca

2 de junho de 2022 4 mins. de leitura

Estudo indica que beber água o suficiente pode contribuir a longo prazo para a saúde do coração

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Manter uma boa hidratação pode reduzir o risco de insuficiência cardíaca, condição em que o coração tem dificuldade para bombear sangue para o resto do corpo. A conclusão é de um estudo do Instituto Nacional de Coração, Pulmões e Sangue (NHLBI) dos Estados Unidos.

Segundo os pesquisadores responsáveis, as conclusões são preliminares, mas a análise indica que se manter hidratado auxilia na prevenção e no atraso de mudanças que podem levar à insuficiência cardíaca. “De forma semelhante a reduzir a ingestão de sal, beber água suficiente e manter-se hidratado são jeitos de apoiar o coração e podem ajudar a reduzir os riscos de doenças cardíacas a longo prazo”, afirma Natalia Dmitrieva, autora principal do estudo.

Manter-se adequadamente hidratado contribui à saúde cardíaca no longo prazo.
Beber água o suficiente e reduzir a ingestão de sal diminuem os riscos de doenças a longo prazo. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Como foi feito o estudo?

A análise envolveu mais de 11,8 mil adultos com faixa etária entre 45 anos e 66 anos que compartilharam informações médicas ao longo de 25 anos. No decorrer do período, mais de 11,5% dos participantes tiveram insuficiência cardíaca.

Publicado em 29 de março no European Heart Journal, o estudo dá sequência a pesquisas que encontraram relação entre desidratação e fibrose cística, condição em que modificações no tecido muscular do coração podem impedir o funcionamento adequado do órgão.

Nível de sódio no sangue pode indicar desidratação

Para quantificar a hidratação, foram observados indicadores como o nível de sódio no sangue, que aumenta com a diminuição do nível de fluidos corporais. Medido em miliequivalentes por litro (mEq/L), unidade de concentração usada em alguns exames médicos, a faixa normal é entre 135 mEq/L e 146 mEq/L.

Níveis acima de 142 mEq/L detectados na meia-idade foram associados a maior risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca. Os cientistas então concluíram que, para cada 1 mEq/L de aumento dentro dessa faixa, a probabilidade de insuficiência cardíaca aumenta em 5%.

Quanto maior a desidratação detectada no estudo, maior o risco de vir a desenvolver insuficiência cardíaca.
Quanto maior é a desidratação, maior é o risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Os riscos também seriam maiores para o desenvolvimento de hipertrofia ventricular esquerda, condição em que ocorre espessamento do ventrículo esquerdo do coração, considerada importante fator de risco para a insuficiência cardíaca.

Conhecimento pode ser aproveitado

“O sódio no sangue e a ingestão de fluidos podem ser facilmente avaliados em exames clínicos e ajudar médicos a identificar pacientes que podem se beneficiar de aprender formas de se manter hidratado”, afirma Manfred Boehm, um dos autores do estudo.

A hidratação adequada oferece diversos benefícios à saúde, incluindo o apoio ao funcionamento dos vasos sanguíneos e ao bombeamento eficiente de sangue pelo coração.

O que é insuficiência cardíaca?

A insuficiência cardíaca é uma síndrome na qual o coração não consegue bombear sangue para o resto do corpo adequadamente, prejudicando o transporte de oxigênio para órgãos e tecidos. É vista como consequência de problemas que gradualmente acometem a saúde do coração. Fatores como hipertensão e doenças inflamatórias contribuem para a condição, que, apesar de não ter cura, pode ser controlada.

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Fonte: Science Daily

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