Neuropatia Diabética: o que é, causas e tratamento

18 de abril de 2022 4 mins. de leitura
População idosa, especialmente pacientes com diabetes, devem ficar atentos aos sintomas de neuropatia diabética

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A neuropatia diabética é uma complicação da diabetes que resulta em danos ao sistema nervoso. É uma doença progressiva em que os sintomas pioram com o tempo. Alguns casos podem ser facilmente tratados e, às vezes, interrompem a evolução da doença. O tratamento visa controlar os sintomas e prevenir mais lesões nos nervos.

A condição afeta pessoas de todas as idades, no entanto os idosos estão em maior risco. A incidência da patologia é maior entre homens a partir dos 60 anos e portadores de diabetes mellitus tipos 1 e 2, mas outras condições e eventos que afetam a saúde podem causar a neuropatia.

O National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK) estima que 40% dos pacientes com diabetes após 15 anos de doença desenvolvem a neuropatia. Outros fatores de risco incluem pressão e colesterol altos, obesidade, uso pesado de álcool, traumas, doenças autoimunes, distúrbios renais e hepáticos.

O que é neuropatia diabética?

Neuropatia costuma atingir mãos e pés de diabéticos, podendo levar à amputação. (Fonte: Shutterstock)
Neuropatia costuma atingir mãos e pés de diabéticos, podendo levar à amputação. (Fonte: Shutterstock)

A neuropatia diabética é um dano ou uma disfunção de um ou mais nervos que normalmente resulta em dormência, formigamento, fraqueza muscular e dor na área afetada. A doença começa, geralmente, nas mãos e nos pés, mas outras partes do corpo também podem ser afetadas.

A condição é causada por altos níveis de gordura ou açúcar no sangue, o que danifica o sistema nervoso em qualquer parte do corpo. Isso interrompe a maneira como os neurônios se comunicam entre si e com o cérebro influenciando a capacidade de sentir, de se mover e até de controlar funções automáticas, como a respiração.

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Tipos

Existem vários tipos de neuropatia diabética. Algumas envolvem os nervos periféricos, enquanto outras danificam os nervos que suprem os órgãos internos, como o coração, a bexiga e o intestino. Dessa forma, ela pode afetar muitas funções do corpo. Os quatro tipos principais de neuropatia são:

  • neuropatia simétrica periférica — afeta os pés e as mãos, sendo a forma mais comum de neuropatia diabética, podendo levar à amputação dos membros;
  • neuropatia autonômica — ocorre nos nervos que controlam as funções involuntárias do corpo, como digestão, micção ou frequência cardíaca;
  • neuropatia da raiz torácica e lombar ou proximal — danifica os nervos ao longo de uma distribuição específica no corpo, como a parede torácica ou as pernas;
  • Mononeuropatias — podem afetar qualquer nervo individual.

Sintomas

Os sintomas de neuropatia diabética aparecem gradualmente e variam conforme as áreas afetadas. Em muitos casos, o primeiro tipo de dano nervoso envolve os nervos da extremidade dos membros inferiores. Os sinais mais comuns dos diferentes tipos de neuropatia diabética incluem:

  • perda do sentido do tato;
  • dificuldade ao caminhar;
  • dormência em mãos ou pés;
  • fraqueza muscular ou perda muscular;
  • inchaço;
  • náusea, indigestão ou vômito;
  • diarreia ou constipação;
  • sudorese excessiva ou diminuída;
  • problemas de bexiga;
  • secura vaginal ou disfunção erétil;
  • problemas de visão;
  • aumento da frequência cardíaca.

Qual é o melhor tratamento para a neuropatia diabética?

Dieta saudável contribui para o tratamento e a prevenção da neuropatia. (Fonte: Shutterstock)
Dieta saudável contribui para o tratamento e a prevenção da neuropatia. (Fonte: Shutterstock)

A neuropatia diabética não tem cura, mas a sua progressão pode ser retardada e até prevenida. A melhor maneira de diminuir a probabilidade de desenvolver a doença ou reduzir seus sintomas é manter os níveis de açúcar no sangue dentro de uma faixa saudável.

Medicamentos são usados para tratar a dor causada pela neuropatia diabética. O tratamento pode ser complementado com terapias alternativas, como acupuntura. Sintomas específicos, a exemplo de problemas de digestão, podem ser tratados com refeições menores e em maior frequência, além de limitar a quantidade de fibras e gorduras na dieta.

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Fonte: Rede d´Or São Luiz, Anais de Medicina/Unoesc, Pebmed, Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos Estados Unidos (NIDDK).

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