A perda e a deficiência da linguagem costumam ser causadas por danos em áreas específicas do cérebro
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A afasia é uma doença pouco conhecida, mas que afeta boa parcela da população mundial. Seja por falta de conhecimento científico, seja por preconceito, a condição ainda deixa as pessoas confusas e sem saber exatamente do que se trata.
Confira a seguir alguns esclarecimentos sobre as peculiaridades e como se dá o desenvolvimento da doença.
A afasia é um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de produzir, compreender e repetir a fala; além disso, é capaz de gerar alterações nas habilidades de escrita e leitura. O termo “afasia” quer dizer que houve ruptura total da capacidade de compreensão e formação de linguagem. Já a disfasia é uma anormalidade na capacidade de compreensão, sem um dano completo.
Em outras palavras, quando o paciente chega ao ponto de a doença atingir graus muito elevados, lida-se com uma afasia. Caso ela tenha atingido apenas alguns pontos, há uma interrupção moderada, portanto, uma disfasia.
As principais causas de lesões que comprometem a região da linguagem são acidente vascular cerebral (AVC), tumores, traumas de crânio, abcessos cerebrais e escleroses múltiplas. Os transtornos de fala podem ser divididos nos quatro grupos descritos a seguir.
Surge sempre que há sequela nas proximidades da área de Broca, que fica no giro frontal inferior do cérebro. As lesões nessa região tendem a prejudicar a fala espontânea e a repetição, apesar de haver a capacidade de compreensão.
Em sua forma mais severa, o indivíduo se limita a dar respostas mais curtas quando perguntado sobre algo, por exemplo dizendo apenas “sim” e “não”. Quando não é tão grave, o paciente tende a pronunciar um menor número de palavras e, quando o faz, pode titubear e às vezes ser repetitivo.
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Essa forma de distúrbio afeta a capacidade de a pessoa entender o significado simbólico das palavras, sejam elas faladas, sejam escritas. Pacientes gravemente afetados tendem a demonstrar total incapacidade de compreender o que ouvem ou veem.
Muitas vezes, perdem a capacidade de apreciar sons de músicas, o que se define por amusia. Podem, ainda, usar as palavras de maneira desordenada e caótica, falando coisas sem nexo e dispensando regras gramaticais.
As lesões que causam interrupção entre as áreas de Broca e de Wernicke resultam nesse tipo de afasia, que é muito parecida com a afasia de Wernicke, fazendo que a pessoa afetada tenha uma fala fluente, mas repleta de palavras incorretas. A única diferença é que na afasia de Goldstein a compreensão da linguagem falada é excelente.
Lesões extensas no hemisfério dominante que comprometem os lobos frontal e temporal frequentemente resultam em grave distúrbio de linguagem. Tanto a produção da fala quanto a compreensão dela e da escrita ficam totalmente afetadas. Esses pacientes são os únicos que podem ser considerados totalmente afásicos, pois todas as capacidades estão comprometidas.
Segundo a The National Aphasia Association, estima-se que ao menos 1 milhão de pessoas, só nos Estados Unidos, tenham afasia, apresentando 180 mil novos casos por ano.
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Fonte: UFSC.