Como usar dados na gestão da saúde mental?

30 de janeiro de 2023 4 mins. de leitura
Uso de health analytics em empresas foi assunto no Mental Health Summit 2023

Em 26 e 27 de janeiro ocorreu a 4ª edição do Mental Health Summit 2023, evento que reuniu especialistas de diversas áreas para ampliar perspectivas sobre saúde mental e futuro do trabalho.

Destinado a gestores, empreendedores, diretores-executivos (CEOs), profissionais de Recursos Humanos, das áreas da Saúde e da Psicologia, o primeiro dia do evento destacou a importância da terapia no ambiente corporativo, além dar visibilidade a outros temas essenciais, como saúde mental na maternidade e síndrome de burnout.

Já no segundo dia, os painéis focaram a adoção de ações estratégicas para promover a saúde mental e como o debate e a troca de experiências são úteis para desmistificar e desconstruir tabus que ainda estão presentes nas organizações.

O evento do dia 27 também contou com a participação de Daniel Martins de Barros, colunista do Estadão, no painel “Estruturando um programa de saúde mental na prática”.

(Fonte: Mental Health Summit/Divulgação)
Evento realizado pela Vittude mostrou que a adoção de práticas que promovem a saúde mental no trabalho é importante para o desenvolvimento das empresas. (Fonte: Mental Health Summit/Divulgação)

O papel de health analytics nas empresas

O impacto positivo do uso de dados na gestão mental corporativa também foi abordado, ressaltando o quanto o acompanhamento psicológico e o cuidado mental nas empresas são decisivos para um melhor desenvolvimento das equipes.

No painel, Julio Quintella, head de Produto da Vittude, reforçou que os dados ajudam a mapear os custos que passam despercebidos em um cenário em que há falta de investimentos em saúde mental. Pensando nisso, a Vittude é uma ferramenta que auxilia o processo de análise, oferecendo insights e planos de ação personalizados.

Para chegar a um resultado, é necessário considerar não apenas informações de colaboradores, mas também de psicólogos e da própria empresa, sobretudo no que diz respeito à cultura organizacional. Os padrões de mercado, por sua vez, ajudam a obter um panorama mais completo.

Com a atenção a esses diversos aspectos, a análise se torna mais profunda e facilita o desenvolvimento de abordagens que gerem resultados concretos, além de embasar a tomada de decisões e apoiar a construção de um clima organizacional mais saudável, melhorando a confiança e a produtividade das pessoas.

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Integração entre setores ajuda na obtenção de dados mais precisos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Integração de setores ajuda na obtenção de dados mais precisos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Fator humano e integração de setores permanecem sendo essenciais

Segundo Danilo Sarti, coordenador corporativo de Saúde Ocupacional da Marfrig, por mais que a coleta de dados seja essencial para a análise preditiva, o fator humano também tem papel decisivo. Por isso, é importante transmitir segurança e transparência no processo de mudança com colaboradores, uma vez que essa postura aumenta a aderência aos programas de saúde mental oferecidos.

Afinal, sem um entendimento mais amplo do real cenário em que a empresa se encontra, a tomada de ação fica limitada. Para que a execução dos projetos seja bem-sucedida, é essencial que haja efetiva integração dos diferentes setores, evitando a obtenção de informações fragmentadas, como reforçou Fernando Akio, gerente médico sênior da P&G.

A forma como a abordagem é realizada, portanto, é essencial para levar os projetos adiante, por mais que pareçam desafiadores e exijam investimento de recursos e tempo para mostrar resultados. Afinal, engajar e levar a importância da gestão de dados adiante é um papel que deve ser desempenhado por diversos atores dentro das empresas, fazendo do cuidado com a saúde mental uma parte relevante dos processos internos.

Clique aqui para saber mais detalhes do Mental Health Summit 2023, que também foi transmitido on-line.

Fonte: Mental Health Summit 2023

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