Smart building: como são os edifícios hospitalares do futuro?

5 de agosto de 2022 4 mins. de leitura
Sistemas integrados, uso de dados e automação de serviços são alguns dos pilares dos hospitais do futuro

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Engana-se quem pensa que a inovação no atendimento médico ficaria apenas por conta das teleconsultas. Apesar da contribuição para pacientes se conectarem a médicos durante a pandemia da covid-19, o futuro aponta para hospitais construídos pela lógica dos smart buildings.

Entre os benefícios desse modelo hospitalar, estão a integração de sistemas — possibilitando soluções para assistência aos pacientes — e a otimização de custos, com a implementação de recursos de gestão e economia de energia. Confira a seguir para entender melhor como serão os hospitais do futuro.

O que é o smart building?

O conceito de smart building acompanha a evolução tecnológica do setor de construção a fim de construir prédios com menor impacto ambiental e maior autonomia para usuários.

Nesse modelo, são usadas tecnologias como:

  • big data;
  • machine learning;
  • internet das coisas (IoT);
  • inteligência artificial (IA).

Os principais objetivos dos smart buildings são conferir autonomia, praticidade, conforto e segurança.

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Princípios dos edifícios inteligentes

Esses edifícios têm como premissa quatro princípios:

  1. integração de sistemas — sendo possível conectar diferentes sistemas, como de luz e de água, para facilitar a gestão do prédio;
  2. usabilidade de espaços — dados podem ser coletados para identificar pontos de melhoria nos sistemas;
  3. automação de espaços — com processos automatizados, usuários contam com mais independência para usar os prédios;
  4. implementação de sensores — capazes de integrar sistemas, coletar dados e contribuir para a automação.

Como o smart building pode ser usado em hospitais?

A falta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), o aumento exponencial de pacientes com necessidade de acompanhamento médico e a carga horária extra com as consultas online foram algumas das consequências da pandemia no setor hospitalar.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quase metade dos profissionais de saúde relataram excesso de trabalho durante a crise pandêmica, sendo que 15% afirmam que as estruturas para o trabalho são inadequadas.

Considerando esse contexto, como então a construção de hospitais inteligentes pode contribuir para esse cenário? Confira três maneiras de implementar espaços hospitalares baseados em smart buildings.

1. Experiência do paciente

A construção de hospitais inteligentes precisa ser centrada no ser humano, com soluções que facilitem a interação do paciente com o espaço e os serviços disponíveis.

Para aprimorar a experiência de pacientes, os sistemas podem permitir:

  • realizar check-in online de consultas;
  • compartilhar localização em tempo real a fim de preparar a equipe médica para receber pacientes;
  • reservar vagas disponíveis em estacionamentos, além de fazer o pagamento por aplicativos de celular;
  • acessar status de atendimentos médicos, com informações sobre possíveis atrasos, os motivos e tempo médio de espera.

2. Integração

Por meio de soluções integradas que usem dispositivos móveis, os hospitais do futuro podem oferecer serviços e gestão dos espaços em um só lugar.

Integrar serviços e a gestão dos espaços em dispositivos móveis facilita o acesso a pacientes e o trabalho dos funcionários em hospitais. (Fonte: National Cancer Institute/Unsplash/Reprodução)
Gerir sistemas em dispositivos móveis facilita o trabalho de funcionários. (Fonte: National Cancer Institute/Unsplash/Reprodução)

Dessa forma, pacientes acessam mais facilmente os serviços disponíveis, os valores e os horários, enquanto funcionários conseguem controlar sistemas de energia, de ventilação, de água e outros, tudo de forma automatizada.

3. Segurança

Com a coleta de dados, hospitais inteligentes podem reforçar a segurança do edifício, garantindo o uso de tecnologia para:

  • acesso de equipes a áreas restritas;
  • atualização de cadastros regulares de médicos no Conselho Regional de Medicina (CRM);
  • proteção de crianças, adolescentes e pacientes em geral.

O que os hospitais do futuro apresentam é uma dinâmica integrada para oferecer serviços aprimorados, por meio de:

  1. sistemas integrados — aumentando a produtividade da equipe e a eficiência dos espaços;
  2. canais para pacientes e funcionários — facilitando o acesso a informações por meio de dispositivos móveis e outras tecnologias;
  3. espaços inteligentes — que permitirão, de maneira simples, a gestão dos edifícios, a maior segurança dos espaços e o bom atendimento.

Quer saber mais? Assista aqui a opinião dos nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fontes: Tecnoart Engenharia, Fundação Oswaldo Cruz, Hospital News, WSP

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