Distúrbio do sono afeta qualidade de vida e merece atenção médica
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Os distúrbios do sono afetam um grande número de pessoas. De acordo com a pesquisa O sono dos brasileiros, realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), em conjunto com a biofarmacêutica Takeda, a estimativa é de que 65% da população conviva com a baixa qualidade de sono. Entre os problemas mais comuns está a paralisia do sono, um transtorno que acontece no início do adormecimento ou quando a pessoa está começando a acordar.
Normalmente, a situação é uma consequência de hábitos de sono pouco constantes, privação de sono e excesso de estresse, atingindo principalmente pessoas entre 20 e 30 anos de idade.
De acordo com o estudo, o momento em que o transtorno acontece é entre o estado de sono e vigília. De maneira resumida, durante a paralisia do sono a mente humana está acordada, mas o corpo não é capaz de responder.
Dessa forma, a pessoa fica com a sensação de estar presa no próprio corpo, não conseguindo falar ou se mover, mas tendo consciência de estar acordada.
Em outras palavras, a pessoa está em um estado de desconexão ou descontinuidade de funções motoras, perceptivas, emocionais ou cognitivas. Junto à paralisia, existe o efeito terror, que pode ser dividido em três tipos: intruso, experiência corporal incomum e íncubos.
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No primeiro, além de não conseguir se mexer, a pessoa tem a sensação de que alguém estranho está no ambiente. Alguns casos também são acompanhados de alucinações visuais e auditivas, aumentando o sentimento de medo.
No segundo, gera ilusões como flutuar, sair do corpo ou se ver dormindo, também se somando a situações de alucinação. No terceiro, o íncubos, causa paralisia, sensação de pressão no peito e de falta de ar na pessoa.
Ainda não existe um consenso sobre as causas do transtorno, mas alguns estudos apontam para a hipótese da falta de sincronia entre as mudanças de resposta cerebral e a atonia muscular na transição da fase Movimento Rápido dos Olhos (REM), que é o momento de maior ação do tálamo, com uma atividade semelhante ao de estar acordado.
Por se tratar de uma possível falha de comunicação, a pessoa volta a ter consciência cerebral enquanto o corpo ainda está dormindo, fazendo que os movimentos demorem a voltar, causando a paralisia do sono.
As alucinações que acontecem durante o transtorno são causadas pela entrada ou saída abrupta da fase REM do sono.
Por gerar um sentimento de terror e medo, a paralisia do sono pode acabar gerando consequências traumáticas para o indivíduo, fazendo que ele entre em um estado de ansiedade ou medo de dormir.
Dessa maneira, é comum que as pessoas afetadas com frequência pela paralisia apresentem bastante cansaço, insônia, baixa qualidade de sono, falta de concentração e memória, diminuição de desempenho no dia a dia e até efeitos emocionais, como baixa motivação e afastamento social.
Entretanto, ainda que cause bastante medo pelas alucinações de falta de ar, pressão e afins, a paralisia do sono não coloca o paciente em risco de vida, visto que o organismo funciona normalmente durante a crise do transtorno.
O diagnóstico de paralisia do sono pode ser feito apenas com o relato do paciente ou, em alguns casos específicos, por meio de um exame de polissonografia, que monitora as respostas do organismo enquanto o paciente está adormecido.
A principal forma de tratamento para esse transtorno é corrigir os hábitos de sono. Além disso, recomenda-se:
Em casos mais graves, é aconselhado buscar um tratamento em conjunto com neurologista ou psiquiatra, para tratar os gatilhos que estão gerando a paralisia do sono.
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Fonte: Tua Saúde, Instituto do Sono, Science Daily, Summit Saúde Estadão