Cuidados paliativos: os 5 maiores mitos sobre a prática

27 de outubro de 2021 3 mins. de leitura
Os cuidados paliativos buscam promover uma maior qualidade de vida para os pacientes

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Os cuidados paliativos são procedimentos multiprofissionais indicados para pacientes com enfermidades que não têm cura ou que sejam progressivas. As ações buscam aumentar a qualidade de vida, por meio da diminuição do sofrimento físico e psicológico

Entre as práticas dos cuidados paliativos, estão o alívio da dor e de outros sintomas da doença, tentando, ao mesmo tempo, proporcionar uma vida de qualidade, e permitir ao paciente viver de forma ativa pelo máximo de tempo possível.

Os procedimentos também buscam trabalhar, com o paciente e a família, a afirmação da vida e o entendimento de que a morte é um movimento natural. Isso é feito por meio de práticas da psicologia e da espiritualidade, que buscam dar apoio para as famílias durante a doença e o processo de luto. 

O apoio no momento de luto e o entendimento da morte como algo natural são ações voltadas também para a família. (Fonte: Shutterstock/Photographee.eu/Reprodução)
O apoio no momento de luto e o entendimento da morte como algo natural são ações voltadas também para a família. (Fonte: Shutterstock/Photographee.eu/Reprodução)

Por se tratar de uma condição muito específica, existem muitos mitos e inverdades sendo compartilhados por aí sobre a prática. Assim, confira a desmistificação das cinco inverdades mais comuns sobre os cuidados paliativos. 

1. “Os cuidados paliativos só podem ser feitos em hospitais”

Essa é uma das concepções erradas sobre a prática. Na verdade, os cuidados podem ser realizados no hospital, no consultório, na casa do paciente ou de algum familiar. Cabe aos envolvidos no tratamento entender qual a melhor opção para o paciente e buscar adaptar as ações para cada situação. 

2. “É uma prática exclusiva para pacientes oncológicos

Quando foi desenvolvida, a prática era pensada apenas para pacientes acometidos pelo câncer. Entretanto, com o passar dos anos, os cuidados foram expandidos para outras doenças, principalmente quando ameaçam a continuidade da vida do paciente.

3. “São recomendados apenas quando o paciente desiste do tratamento”

A ideia de que o paciente desistiu e/ou abandonou os tratamentos é o principal mito que paira sobre os cuidados paliativos. Na verdade, o ideal é introduzir a prática logo no início da doença, com o restante do protocolo. Dessa forma, é possível aumentar o tempo e a qualidade de vida do paciente. 

Os cuidados buscam diminuir o sofrimento do paciente e oferecer qualidade de vida. (Fonte: Shutterstock/Photographee.eu/Reprodução)
Os cuidados buscam diminuir o sofrimento do paciente e oferecer qualidade de vida. (Fonte: Shutterstock/Photographee.eu/Reprodução)

4. “Os cuidados paliativos aceleram a morte”

Segundo o coordenador do Centro Avançado de Terapia de Suporte e Medicina Integrativa (CATSMI), dr. Ricardo Caponero, “os cuidados paliativos não reduzem sequer um dia do tempo de vida” da pessoa. O principal intuito da prática é trazer conforto para o enfermo desde o diagnóstico até o fim da vida.

5. “A prática é exclusiva para o paciente”

Os cuidados paliativos, em muitos momentos, são focados no paciente, que precisa lidar fisicamente, emocionalmente e psicologicamente com a enfermidade. 

Entretanto, os cuidados se estendem também para os familiares da pessoa, pois estão em contato direto com um ente querido em uma situação de fragilidade e, que, após isso, em muitos casos, ainda terão de enfrentar o luto.

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Fonte: Instituto de Especialidades e Sono, SOTIRGS, Oswaldo Cruz, Curumim.

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