Condição de saúde é considerada benigna, mas requer tratamento para eliminar os sintomas
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A língua geográfica é uma condição que costuma chamar a atenção das pessoas por conta das lesões que aparecem no órgão. Também conhecida como glossite migratória benigna ou eritema migratório, tem o nome pelos formatos das feridas, que lembram um mapa geográfico.
O distúrbio é benigno e, dessa forma, não coloca a vida da pessoa em risco, mas pode afetar a autoestima do portador. A condição também não é contagiosa.
As lesões que surgem na língua são erosivas e tem um aspecto avermelhado com bordas irregulares meio cinzento esbranquiçadas. É comum também que ela seja um pouco saliente. Entretanto, a principal característica é o fato de ela ir migrando pelo órgão, de maneira semelhante ao bicho geográfico.
Essas feridas podem aumentar de tamanho, afetando diferentes regiões da boca. As papilas linguais filiformes sofrem uma descamação durante o processo. Por outro lado, as papilas fungiformes com formato de cogumelo e função gustativa ficam mais elevadas.
Pode se manifestar em pessoas de qualquer idade, mas o comum é que a condição apareça no começo da vida e desapareça até os 8 anos de idade, sendo mais frequente em pessoas do sexo feminino.
Não se sabe ao certo qual a razão do surgimento da língua geográfica. Entretanto, estima-se que possa estar conectada com deficiências vitamínicas, doenças respiratórias, como asma e rinite alérgica, doenças de pele, como psoríase e dermatite seborreica ou até estresse emocional.
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Na maioria dos casos, o distúrbio é assintomático. Isto é, não compromete o paladar ou causa algum tipo de desconforto. Porém, de acordo com o Genetic and Rare Diseases Information Center do National Institutes of Health, cerca de 5% das pessoas com a condição sofrem com dores ou sensibilidade na língua.
Normalmente, os únicos momentos de desconforto das pessoas com língua geográfica é quando ingerem alimentos condimentados, ácidos ou bebidas alcoólicas, que costumam causar queimação e ardência no local.
Não existe uma maneira de curar o distúrbio, que tende a desaparecer com o tempo. Nos casos em que os sintomas estão atrapalhando, é aconselhado tomar medicamentos para diminuir o desconforto, como analgésicos, anti-inflamatórios ou corticoides.
Para a dor e queimação na língua, também são recomendados enxaguantes bucais ou pomadas com lidocaína, que passam a sensação de alívio. Outro fator importante é o cuidado na alimentação, sendo indicado evitar alimentos condimentados e muito quentes.
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Fonte:Tua Saúde, Drauzio Varella, Colgate