O que fazer para acabar com o estresse crônico?

10 de maio de 2022 4 mins. de leitura
Estresse crônico pode aumentar possibilidade de desenvolver depressão, portanto merece atenção

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O estresse crônico é presente na vida de pessoas que estão em constante tensão, pessoal ou profissional, sendo uma das principais causas da síndrome de burnout, um quadro de exaustão física, mental e emocional. 

Quando isso acontece em situações pontuais, o estresse é considerado natural, responsável por liberar adrenalina, cortisol e norepinefrina no organismo. Entretanto, quando se torna frequente, passa a ser considerado uma condição crônica. 

Considerando isso, para amenizar os sintomas de irritação e tratar o estresse crônico, existem alternativas eficazes, como mudanças alimentares e cuidados com a saúde física e a mental.

Cuidados na ingestão de alimentos

Recomenda-se reduzir o consumo de farinhas, açúcares refinados e alimentos potencialmente alergênicos e inflamatórios. Também é preciso ficar atento para possíveis intolerâncias alimentares e cuidar da microbiota intestinal. 

Logo, é indicada uma alimentação rica em antioxidantes, com frutas vermelhas, vegetais verdes-escuros, azeite de oliva e abacate, além de proteínas de qualidade, como as presentes em cereais, peixes, carnes magras e sementes, pois combatem o excesso de radicais livres liberados pelo estresse crônico.

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A alimentação é um dos pilares do combate ao estresse crônico. (Fonte: Shutterstock/Ivan Dudka/Reprodução)

Qualidade de sono e meditação

Cuidar da mente também é tarefa essencial no tratamento do estresse crônico. Segundo John Denninger, diretor de pesquisa do The Benson-Henry Institute for Mind Body Medicine, uma das principais dicas é a meditação, que ajuda a reduzir a irritação, além de estabilizar o sistema imunológico por meio da liberação de serotonina, oxitocina e dopamina.

Dormir bem é outro fator importante para tratar o estresse. Dessa maneira, recomenda-se limitar o uso de telas antes de dormir, evitando televisão, smartphone, tablet e notebook. Também é interessante analisar se a pessoa acorda muito durante a noite ou se tem dificuldade para adormecer, características de um sono de qualidade ruim.

Exercícios físicos

Para amenizar os efeitos negativos do estresse crônico, a atividade física é uma boa aliada, pois aumenta os níveis de serotonina no corpo, impactando diretamente o humor.

Exercícios aeróbicos auxiliam na elevação da lipoproteína de alta densidade (HDL), popularmente conhecida como “colesterol bom”, que melhora os níveis de glicose na corrente sanguínea, assim combatendo a hipertensão arterial e a diabetes. Alguns exemplos de atividades recomendadas são natação, ciclismo e corrida.

O exercício físico ajuda a combater a irritação. (Fonte: Shutterstock/Jacob Lund/Shutterstock)
O exercício físico ajuda a combater a irritação. (Fonte: Shutterstock/Jacob Lund/Shutterstock)

Situações de estresse controladas

Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia, liderada pela psicóloga Elissa S. Epel, demonstrou que, ao expor o corpo a algumas situações de estresse controladas, é possível aumentar a sensação de bem-estar e combater a irritação.

De acordo com o estudo, situações de estresse consideradas seguras geram sensação de bem-estar imediata após a atividade. Entre os exemplos apresentados, estão banho frio, sauna e treinos de high intensity interval training (HIIT), que são modalidades de alta intensidade. O diferencial dessas situações, segundo Epel, é que o pico de estresse é curto e a recuperação é facilitada, promovendo sensação de relaxamento. 

Consequências do estresse crônico

Quando a irritação crônica não é tratada, pode gerar sintomas que merecem atenção. Alguns exemplos são:

  • noites maldormidas; 
  • falhas na memória e na concentração;
  • cansaço contínuo;
  • dores físicas e de cabeça;
  • aumento da frequência cardíaca e da pressão vascular;
  • ganho de peso;
  • intestino desregulado, refluxo e síndrome do intestino irritável;
  • queda de cabelo;
  • problemas dermatológicos, como espinhas, alergias e dermatites;
  • diminuição de libido.

Caso esteja sentindo algum desses sinais, procure um médico e cuide da alimentação, do corpo e da mente.

Quer saber mais? Confira a opinião e a explicação dos nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: Essential Nutrition, Willian Rezende – Neurologista, Saúde Sistema, Viva Bem.

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