Estudo explica quanto tempo após a recuperação da doença o corpo humano fica imune ao novo coronavírus
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Existem mais de 55 milhões de pessoas recuperadas da covid-19 em todo o mundo. No Brasil, já são mais de 7 milhões de curados da doença causada pelo novo coronavírus. Com a recuperação, um questionamento tem se destacado nas pautas mundiais: até quando essas pessoas estarão imunes ao Sars-CoV-2?
Um estudo feito pela Universidade Rockefeller pode ter a resposta para essa dúvida. Segundo a pesquisa, pessoas curadas da covid-19 continuam apresentando anticorpos contra a covid-19 por pelo menos seis meses, podendo ainda ter boas respostas imunológicas por muito mais tempo.
O trabalho publicado no periódico científico Nature apresenta a análise de mais de 250 amostras de sangue de 188 homens e mulheres que sobreviveram à covid-19, revelando que a maioria manifestou apenas sintomas leves da doença, e somente 7% dos pesquisados precisaram ser internados.
De acordo com a conclusão do estudo, entre seis e oito meses após os primeiros sintomas da doença, cerca de 90% dos participantes da pesquisa continuaram apresentando anticorpos contra o Sars-CoV-2 e estes seguiram evoluindo no decorrer do tempo por causa da contínua exposição aos restos do vírus dentro do organismo.
Entretanto, os autores alertam que a presença do anticorpo não garante proteção contra a reinfecção, já que não se sabe ainda quais elementos são necessários para uma defesa imunológica eficaz contra o novo coronavírus.
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Além da Universidade Rockefeller, outro estudo apresentou um resultado semelhante para o tempo de imunidade contra o novo coronavírus.
O trabalho, publicado no site medRxiv, foi feito em conjunto por pesquisadores do Instituto de Imunologia de La Jolla, da Universidade da Califórnia e da Escola de Medicina Icahn do Mount Sinai por meio de análise realizada com 185 pessoas com idades entre 19 e 81 anos recuperadas da covid-19.
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Assim como no estudo da Universidade Rockefeller, a maioria dos participantes da pesquisa tiveram apenas sintomas leves da doença e não precisaram de internação. O estudo mostra que 90% dos analisados apresentaram uma boa resposta imunológica mesmo após mais de cinco meses do contágio.
Os autores defendem que a possibilidade de reinfecção também pode estar associada ao fato de que, na primeira contaminação, o paciente tenha tido contato com uma baixa carga viral de Sars-CoV-2, gerando uma baixa resposta imunológica do organismo.
Assim, mesmo com dois estudos apresentando resultados interessantes que mostrem uma boa duração de anticorpos no corpo humano, a incerteza sobre a eficácia dessa imunidade acende ainda mais o alerta para a importância de tomar a vacina contra a covid-19.
Fontes: Science Dailly, IstoÉ Dinheiro, CNN.