Quais são as informações nutricionais nos rótulos de alimentos?

31 de outubro de 2022 4 mins. de leitura
Legislação torna mais clara a presença de substâncias relacionadas à obesidade e à diabete nos rótulos de alimentos

A legislação brasileira sofreu uma alteração na parte sobre rótulos de alimentos, que começou a ocorrer em outubro e visa facilitar o entendimento da população em relação aos valores nutricionais. Os produtos com adição de açúcar, gordura saturada ou sódio receberão um selo de alerta, uma demanda considerada há anos pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

O consumo de produtos industrializados com sal, gordura e açúcar — doces, refrigerantes, salgadinhos e frituras — contribui para o desencadeamento de doenças como câncer, obesidade, hipertensão arterial, diabete e doenças do coração. “O estilo de vida e a alimentação saudável são os principais fatores na promoção da saúde e na prevenção de doenças”, afirmou o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Manoel Peres, durante o Estadão Summit Saúde & Bem-Estar.

A seguir, saiba como estão ficando as informações nutricionais nos rótulos dos alimentos.

O que é a tabela nutricional?

Alimentos naturais têm maior diversidade de nutrientes. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

A tabela nutricional apresenta o valor energético de um alimento — além de informações sobre as substâncias presentes — em relação a uma dieta diária de um adulto e uma porção do produto determinada pelo fabricante. Agora, todos os rótulos deverão apresentar uma porção padronizada de 100 mililitros para líquidos e 100 gramas para sólidos. O documento deve conter o valor energético de carboidratos, proteínas e gorduras totais, além de fibras alimentares e outras substâncias presentes em alimentos.

Veja a seguir alguns dos itens presentes em tabelas nutricionais e em quais alimentos são encontrados.

  • Carboidratos: massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces em geral.
  • Proteínas: carnes, ovos, leguminosas (feijões, soja e ervilha), leites e derivados.
  • Fibra alimentar: vegetais (frutas, hortaliças e feijões) e alimentos integrais.
  • Gorduras totais: resultado da quantidade de todos os tipos de gordura que há em um alimento, além de serem as principais fontes de energia do corpo e ajudarem na absorção das vitaminas A, D, E e K.
  • Gorduras saturadas: alimentos de origem animal, cujo consumo deve ser moderado.
  • Gorduras trans: por serem hidrogenadas, são o tipo mais barato entre as gorduras, presentes em alimentos industrializados (margarinas, biscoitos, sorvetes, salgadinhos, produtos de panificação, alimentos frios e lanches salgados), com consumo indicado de menos do que 2 gramas por dia.
  • Sódio: sal e alimentos processados (salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos e produtos enlatados com salmoura) que, quando consumidos em excesso, podem levar ao aumento da pressão arterial.

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Obrigação de rotulagem frontal

Fuja do açúcar, da gordura saturada e do sódio para ter uma vida mais saudável. (Fonte: Shutterstock)
Fuja do açúcar, da gordura saturada e do sódio para ter uma vida mais saudável. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

As informações nutricionais do rótulo de alimentos que têm imagem associada à vida saudável, mas que apresentam risco potencial para a saúde devido aos níveis elevados de sal ou açúcar estarão mais claras para o consumidor.

Se o açúcar, a gordura saturada e o sódio estiverem presentes em uma porção superior à recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma lupa deverá aparecer no rótulo frontal. As alegações nutricionais positivas, que eram opcionais, agora são obrigatórias, a exemplo de “30% mais cálcio” ou “livre de gordura trans”.

Fonte: Ministério da Saúde, Drauzio Varella, Estadão Summit Saúde & Bem-Estar 2022

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