Novo exame de biópsia auxilia em tratamento de câncer de pulmão

11 de setembro de 2022 3 mins. de leitura
Segundo estudo, a biópsia líquida se apresenta como um método menos invasivo

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O câncer de pulmão provoca milhares de mortes em todo o mundo, sendo a principal causa em homens e a terceira em mulheres. No Brasil, estima-se que a doença tenha sido responsável por mais de 28 mil mortes em 2020, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Se por um lado esses dados reforçam a necessidade de investir em campanhas de prevenção, por outro motivam estudiosos a desenvolver formas de tratamento mais eficazes.

Na busca por uma forma de obter maior taxa de sucesso no combate a esse tipo de tumor, pesquisadores da Icahn School of Medicine at Mount Sinai (ISMMS), nos Estados Unidos, exploraram uma maneira alternativa de analisar qual tratamento seria mais benéfico aos pacientes. O estudo, publicado no Journal of Experimental & Clinical Cancer Research, apresenta um método mais simples para auxiliar os médicos nesse trabalho.

O tabagismo é o principal motivo do surgimento de tumores no pulmão. (Fonte: Pexels/Reprodução)

A pesquisa consistiu na aplicação do teste do biomarcador de PD-L1 em um grupo de pessoas. Além de explorar a eficiência da chamada biópsia líquida na resposta dos pacientes, o objetivo era obter valores mais precisos na taxa de sobrevida deles. O resultado, motivador, mostrou pela primeira vez que o método é mais eficiente do que o procedimento de biópsia tumoral comumente empregada com essa finalidade.

O teste biomarcador de PD-L1 era realizado em um tecido de biópsia de câncer. Já a biópsia líquida se destaca por ser menos invasiva. Segundo Christian Rolfo, professor de Hematologia e Oncologia, será mais fácil antecipar a eficiência do tratamento à base de imunoterapia nos pacientes recorrendo a essa nova análise, possibilitando também que ela seja aplicada várias vezes durante o tratamento.

Novo exame contribui com um tratamento menos invasivo aos pacientes. (Fonte: Pexels)
Análise auxilia médicos a descobrir qual tratamento é mais benéfico aos pacientes. (Fonte: Pexels/Reprodução)

No experimento conduzido, enquanto 24 pacientes receberam os inibidores de checkpoint imunológico, outro grupo de 15 pessoas passou por quimioterapia, permitindo a comparação das amostras de sangue e do nível de expressão da proteína PD-L1 nos participantes. Os pesquisadores também utilizaram recursos tecnológicos para desenvolver um modelo que oferecesse uma previsão da resposta à imunoterapia, visando obter um panorama mais completo.

Em relação ao desenvolvimento dos tumores, o cenário atual é desafiador: a maioria dos casos é provocada devido ao consumo de derivados do tabaco. Mesmo com a redução da taxa de mortalidade da doença nos últimos anos, o câncer ainda se trata de uma condição que dificilmente é identificada nos primeiros estágios. A consequência disso se reflete em uma redução superior a 50% na taxa de sobrevida dos pacientes após o diagnóstico.

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Fonte: Sleep Foundation, Michigan Health, Pubmed, Science Direct, National Library of Medicine

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