Asma grave não tem cura, mas tratamento melhora qualidade de vida

17 de maio de 2023 5 mins. de leitura
Em Meet Point comemorativo ao Dia Mundial de Combate a Asma, especialistas debateram a importância do diagnóstico da doença

O Estadão Blue Studio, com o patrocínio da AstraZeneca, promoveu na tarde desta terça-feira (16) o Meet Point “A importância do diagnóstico da asma grave”, em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Asma, que está disponível na íntegra de forma gratuita.

A asma atinge 20 milhões de pessoas no Brasil e, quando não tratada pode levar a crise e agravamento das condições. Cerca de 7 pessoas morrem por dia por conta dessa doença crônica no Brasil. No entanto, o tratamento é acessível, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de terapias inovadoras de produção de anticorpos.

A asma grave não tem cura, mas o acompanhamento terapêutico pode proporcionar uma remissão das condições, atenuando seus sintomas para entrar no controle permanente, como o caso dos campeões olímpicos de natação, Gustavo Borges e Xuxa.

“A educação física vai trazer um reposicionamento pulmonar e ele vai ter uma melhor qualidade de vida e um menor risco de crises”, explicou o Dr. Mauro Gomes, professor de Pneumonologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Como acontecem as crises de asma?

Quando os sintomas da asma aparecem, é importante buscar ajuda médica para avaliar o caso. (Fonte: Estadão Blue Studio/Reprodução)

A asma atinge os brônquios, que são os canais que levam o ar do nariz e a boca até os pulmões. A poeira, o pó, mudança de temperatura, fumaça de cigarro e poluição atmosférica podem irritar os brônquios, que se fecham e podem causar falta de ar. “Muitas vezes, a pessoa tem de correr para o pronto-socorro porque essa crise pode ser fatal”, alerta Gomes.

A tosse persistente e o chiado no peito também são sintomas recorrentes da asma. Durante uma crise, a respiração tende a ficar acelerada, pois o corpo tenta compensar a dificuldade de obter oxigênio suficiente. Também podem ocorrer retrações musculares visíveis, onde a pele entre as costelas ou ao redor do pescoço pode ser “sugada” para dentro, durante a inalação.

O atendimento e o diagnóstico são fundamentais para um tratamento preventivo. “É importante ter um envolvimento da área de saúde como um todo, desde da atenção primária até a especializada para que a gente consiga amarrar essas pontas”, defendeu Giulia Gamba, gerente de comunicação da Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD).

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Asma leve, asma moderada e a asma grave

As pessoas com doenças crônicas, como a asma, sofrem estigmas na sociedade, o que também impacta na qualidade de vida. (Fonte: Estadão Blue Studio/Reprodução)

A asma é classificada em diferentes categorias de acordo com a gravidade dos sintomas e o controle da doença. A classificação ajuda a determinar o plano de tratamento adequado. As três principais categorias de asma são: leve, moderada e grave.

Na asma leve, os sintomas são leves e ocorrem ocasionalmente. As crises são breves e, geralmente, resolvem-se rapidamente com o uso de medicamentos de alívio e não interferem nas atividades diárias. A função pulmonar é relativamente boa, com um bom fluxo de ar.

Os pacientes com asma moderada enfrentam sintomas diariamente, com crises mais intensas que requerem medicamentos de alívio com maior frequência. A condição pode interferir nas atividades diárias e no sono.

Já os casos de asma grave os sintomas acontecem várias vezes ao dia, com crises intensas que podem ser desencadeadas por atividades mínimas ou mesmo em repouso. A função pulmonar é significativamente reduzida, com um fluxo de ar muito limitado. Os sintomas têm um impacto grave nas atividades diárias e no sono.

Como é feito o tratamento preventivo da asma?

O tratamento mais comum contra a asma, disponível na rede pública, é por inalação, conhecida popularmente como “bombinha”. “A gente precisa jogar o remédio direto nos brônquios diretamente”, considerou o pneumologista. O remédio age rapidamente, sem efeitos colaterais, e controlam a grande maioria dos pacientes com asma.

No entanto, 5% dos pacientes que usam os remédios adequadamente podem ser desenvolver a asma grave. Nesses casos, um tratamento inovador com anticorpos imunobiológicos podem ser injetados periodicamente para bloquear os fatores que desencadeiam a inflamação nos brônquios.

Para conferir a conversa na íntegra, clique aqui e acesse a live sobre a importância do diagnóstico da asma grave, que reuniu especialistas e pacientes para discutir o tema.

Fonte: Estadão Blue Studio

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