Meningite provocada por bactérias pode deixar sequelas graves e levar paciente à morte
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A meningite é a inflamação das meninges, membranas que conferem proteção ao cérebro e à medula espinhal. Há várias causas possíveis para ela ocorrer: a infecção por microrganismos, reações a medicamentos, lesões e doenças autoimunes. Em suas formas mais graves, a doença pode levar à morte e deixar sequelas ao infectado.
Vírus, bactérias, fungos e parasitas estão entre os agentes causadores da doença. A infecção bacteriana, comumente mais grave, costuma ser transmitida de uma pessoa para outra pelas vias respiratórias, mas também pode ocorrer por meio da ingestão de alimentos contaminados.
Em caso de vírus, a picada de mosquitos com o patógeno e o contato próximo com alguém infectado ou com fezes e alimentos contaminados podem provocar a transmissão.
Já a forma causada por fungos ou parasitas é menos comum, não sendo transmitida de uma pessoa para outra. Os fungos podem infectar o indivíduo em ambientes diversos, estando presente em excrementos de pássaros ou morcegos, e os parasitas comumente promovem a contaminação pela ingestão de alimentos contaminados.
A doença ataca as meninges, membranas que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal. A inflamação característica da doença acontece nas membranas e no líquido cefalorraquidiano.
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Nuca rígida, febre e dor de cabeça costumam estar presentes entre os sintomas da meningite, mas os sinais podem variar de acordo com o agente causador da doença e a idade do infectado.
Na percepção de sinais como febre alta, náusea, vômitos, dor de cabeça, sensibilidade aumentada à luz, confusão mental e até mesmo convulsões, tremores, delírio e coma (em casos mais avançados), é recomendado o encaminhamento urgente para atendimento médico dada a gravidade da doença.
A forma bacteriana evolui rapidamente no organismo, levando a óbito um a cada dez casos. Os sinais da doença viral costumam ser mais leves, podendo até ser similares aos de gripe ou resfriado. Os indícios de infecção provocada por parasitas ou fungos podem ser semelhantes aos sintomas gerais da infecção por bactéria.
Frequentemente, há maior dificuldade em identificar a doença em recém-nascidos e bebês. É recomendada atenção a indícios como febre, irritabilidade, vômitos, recusa alimentar, fontanela (moleira) elevada, reflexos anormais e ausência de respostas a estímulos.
A forma viral costuma passar em algumas semanas, com casos leves melhorando entre sete dias e dez dias. Já a forma bacteriana demanda cuidado imediato, com necessidade de hospitalização por alguns dias e, em alguns casos, semanas. Podem ainda ocorrer sequelas temporárias ou permanentes.
A doença pode deixar sequelas temporárias ou permanentes, como perda de audição e visão, problemas de memória e aprendizagem, amputação de membros, epilepsia e paralisia cerebral. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada cinco sobreviventes da doença bacteriana pode apresentar complicações a longo prazo.
A meningocócica, um dos tipos mais graves da infecção bacteriana, pode levar a perda de audição, amputação de membros e alterações neurológicas. Existe vacina para esse e para outros tipos da doença, que pode levar à morte em menos de um dia. O risco é maior se houver demora para tratar a infecção.
Fonte: Ministério da Saúde, Pfizer, Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, Organização Mundial da Saúde (OMS), Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, BVS – Atenção Primária em Saúde