O que apneia do sono? Conheça os tipos, as causas e o tratamento

28 de setembro de 2023 4 mins. de leitura
A apneia do sono atinge cerca de um terço da população e pode provocar doenças cardiovasculares e problemas metabólicos

A apneia do sono é um distúrbio que atinge cerca de um terço das pessoas no mundo. Essa doença se caracteriza por pausas respiratórias durante o sono, as quais podem variar de segundos a minutos, devido a obstruções nas vias aéreas superiores ou a problemas no controle da respiração pelo sistema nervoso central.

Essas interrupções na respiração podem ocorrer várias vezes ao longo da noite, comprometendo a qualidade do sono e provocando sonolência durante o dia, doenças cardiovasculares, problemas metabólicos, como diabete, além de atingir a saúde mental e aumentar o risco de acidentes de trânsito e de trabalho.

Quais são os tipos apneia do sono?

A apneia do sono pode causar problemas de relacionamento. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A apneia do sono pode causar problemas de relacionamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é a forma mais comum de apneia do sono e ocorre quando os músculos da garganta e da língua relaxam excessivamente, obstruindo parcial ou totalmente as vias aéreas. O colapso das paredes das vias aéreas pode bloquear a passagem do ar, causando as pausas respiratórias.

No entanto, nem sempre as vias aéreas são obstruídas. No caso da apneia central do sono (ACS), o cérebro não envia os sinais adequados para os músculos respiratórios durante o sono. Como resultado, a respiração pode cessar temporariamente. A ACS pode estar relacionada a problemas neurológicos ou cardíacos.

Outro tipo da enfermidade é a apneia mista, uma combinação da AOS e da ACS, com fatores obstrutivos e centrais contribuindo para as pausas respiratórias durante o sono.

Quais são os sintomas e o que provoca a apneia do sono?

Os sintomas da apneia do sono podem variar, e muitas vezes o próprio indivíduo não percebe que tem o distúrbio. Alguns dos principais sintomas incluem ronco alto e persistente, sonolência diurna excessiva, acordar com sensação de sufocamento ou falta de ar, dores de cabeça pela manhã e dificuldade de concentração e irritabilidade.

As causas da apneia do sono podem variar, mas algumas condições e fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento desse distúrbio.

  • Obesidade: o excesso de gordura ao redor das vias aéreas pode obstruí-las.
  • Idade: a apneia do sono é mais comum em adultos mais velhos, especialmente após os 60 anos.
  • Anomalias anatômicas: amídalas e adenoides aumentadas podem obstruir as vias aéreas e levar à AOS, especialmente em crianças.
  • Consumo de álcool e sedativos: beber álcool ou tomar medicamentos sedativos antes de dormir pode relaxar excessivamente os músculos da garganta e contribuir para a AOS.
  • Fatores genéticos: pessoas com histórico familiar de apneia do sono têm maior probabilidade de desenvolver o distúrbio.
  • Problemas neurológicos: danos cerebrais causados por acidentes vasculares cerebrais ou tumores podem levar à ACS.

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Como é feito o tratamento da apneia do sono?

O tratamento da apneia do sono pode incluir dispositivos para facilitar a respiração durante a noite. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
O tratamento da apneia do sono pode incluir dispositivos para facilitar a respiração durante a noite. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

O diagnóstico da apneia do sono é feito com base na avaliação de sintomas, histórico médico e exames, como a polissonografia. Já o tratamento depende do tipo e da gravidade do distúrbio. É fundamental buscar a orientação de um médico especializado para diagnosticar e tratar adequadamente essa condição.

Em alguns casos, as medidas comportamentais podem ser suficientes. A perda de peso tende a reduzir as obstruções nas vias aéreas. Evitar o consumo de álcool e medicamentos sedativos antes de dormir contribui para diminuir o relaxamento excessivo dos músculos da garganta. Além disso, dormir de lado em vez de costas favorece a abertura das vias aéreas.

Em casos mais graves, o tratamento pode incluir um dispositivo que fornece uma pressão suave de ar para as vias aéreas, mantendo-as livres durante o sono, aparelhos intraorais e cirurgia.

Fontes: Rede Dor São Luiz, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)

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