A apneia do sono atinge cerca de um terço da população e pode provocar doenças cardiovasculares e problemas metabólicos
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A apneia do sono é um distúrbio que atinge cerca de um terço das pessoas no mundo. Essa doença se caracteriza por pausas respiratórias durante o sono, as quais podem variar de segundos a minutos, devido a obstruções nas vias aéreas superiores ou a problemas no controle da respiração pelo sistema nervoso central.
Essas interrupções na respiração podem ocorrer várias vezes ao longo da noite, comprometendo a qualidade do sono e provocando sonolência durante o dia, doenças cardiovasculares, problemas metabólicos, como diabete, além de atingir a saúde mental e aumentar o risco de acidentes de trânsito e de trabalho.
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é a forma mais comum de apneia do sono e ocorre quando os músculos da garganta e da língua relaxam excessivamente, obstruindo parcial ou totalmente as vias aéreas. O colapso das paredes das vias aéreas pode bloquear a passagem do ar, causando as pausas respiratórias.
No entanto, nem sempre as vias aéreas são obstruídas. No caso da apneia central do sono (ACS), o cérebro não envia os sinais adequados para os músculos respiratórios durante o sono. Como resultado, a respiração pode cessar temporariamente. A ACS pode estar relacionada a problemas neurológicos ou cardíacos.
Outro tipo da enfermidade é a apneia mista, uma combinação da AOS e da ACS, com fatores obstrutivos e centrais contribuindo para as pausas respiratórias durante o sono.
Os sintomas da apneia do sono podem variar, e muitas vezes o próprio indivíduo não percebe que tem o distúrbio. Alguns dos principais sintomas incluem ronco alto e persistente, sonolência diurna excessiva, acordar com sensação de sufocamento ou falta de ar, dores de cabeça pela manhã e dificuldade de concentração e irritabilidade.
As causas da apneia do sono podem variar, mas algumas condições e fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento desse distúrbio.
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O diagnóstico da apneia do sono é feito com base na avaliação de sintomas, histórico médico e exames, como a polissonografia. Já o tratamento depende do tipo e da gravidade do distúrbio. É fundamental buscar a orientação de um médico especializado para diagnosticar e tratar adequadamente essa condição.
Em alguns casos, as medidas comportamentais podem ser suficientes. A perda de peso tende a reduzir as obstruções nas vias aéreas. Evitar o consumo de álcool e medicamentos sedativos antes de dormir contribui para diminuir o relaxamento excessivo dos músculos da garganta. Além disso, dormir de lado em vez de costas favorece a abertura das vias aéreas.
Em casos mais graves, o tratamento pode incluir um dispositivo que fornece uma pressão suave de ar para as vias aéreas, mantendo-as livres durante o sono, aparelhos intraorais e cirurgia.
Fontes: Rede Dor São Luiz, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)