Hormônio kisspeptina impulsionou libido em pesquisa científica - Summit Saúde

Hormônio kisspeptina impulsionou libido em pesquisa científica

11 de maio de 2023 4 mins. de leitura

Estudos sugerem que a kisspeptina pode impulsionar o desejo sexual em pessoas com baixa libido

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Dois estudos realizados por pesquisadores do Imperial College London sugerem que o hormônio kisspeptina pode ajudar a aumentar o desejo sexual em pessoas com baixa libido. Essa substância é naturalmente produzida pelo corpo e estimula a liberação de outros hormônios reprodutivos.

A disfunção sexual pode afetar pessoas de todas as idades e gêneros, mas a falta de desejo sexual é mais comum em mulheres do que em homens, sendo ainda mais prevalente em pessoas mais jovens. De acordo com pesquisadores, o uso do hormônio kisspeptina pode ajudar a tratar a condição que afeta cerca de 10% das pessoas.

Embora os resultados das pesquisas do Imperial College London sejam promissores, mais estudos são necessários para confirmar as descobertas e determinar se o uso de kisspeptina pode ser uma opção segura e eficaz para o tratamento de baixa libido humana.

O que dizem os estudos sobre o impacto da kisspeptina na libido?

A administração de hormônio pode estimular o desejo sexual, mas ainda requer mais pesquisa para se tornar um tratamento disponível à população. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Administração de hormônio pode estimular desejo sexual, mas requer mais pesquisa para se tornar tratamento disponível à população. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que a kisspeptina pode estimular os ovários a produzir óvulos e melhorar o humor. No entanto, essa foi a primeira vez que o hormônio foi testado em pessoas com perda de libido que afeta a qualidade de vida.

Os novos estudos foram conduzidos com 32 homens heterossexuais com idades entre 21 anos e 52 anos e 32 mulheres heterossexuais com idades entre 19 anos e 48 anos. Todos foram conectados a um gotejamento de kisspeptina e, em outra ocasião, a um gotejamento de placebo.

O humor, o comportamento e a atividade cerebral dos participantes foram analisados enquanto eles assistiam a vídeos eróticos em um scanner de ressonância magnética. Os homens também tiveram a rigidez do pênis medida durante os testes.

A kisspeptina melhorou a atividade em regiões cerebrais relacionadas ao desejo sexual tanto nos homens quanto nas mulheres, e a rigidez do pênis aumentou em até 56% quando os homens receberam o hormônio em comparação com o placebo.

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Como a kisspeptina funciona no organismo?

(Getty Images/Reprodução)
O cérebro tem papel fundamental no desejo sexual e no estímulo à liberação de hormônios reprodutivos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A kisspeptina é um hormônio natural produzido no hipotálamo, responsável por um papel crucial na regulação da função reprodutiva. O hormônio foi descoberto em 1996 por pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra.

A substância estimula a liberação de outros hormônios reprodutivos, como o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH), que regulam a produção de estrogênio e testosterona. A kisspeptina também está envolvida no controle da puberdade, no ciclo menstrual e na fertilidade.

Quando administrada como tratamento para baixa libido, a kisspeptina pode ajudar a equilibrar os níveis hormonais. Isso permite que as pessoas experimentem aumento na excitação sexual e, em alguns casos, melhora na função sexual.

Quais são as causas da baixa libido?

A falta de desejo sexual pode ser uma condição temporária, tratada com mudanças no estilo de vida ou terapias médicas adequadas. A pessoa que estiver preocupada com a falta de desejo sexual deve procurar aconselhamento médico.

Existem muitas causas possíveis para a baixa libido, como:

  • problemas de relacionamento — conflitos, falta de comunicação, problemas de intimidade ou de confiança podem afetar o desejo sexual;
  • estresse;
  • depressão e ansiedade;
  • problemas físicos — condições médicas como diabete, doenças cardíacas, câncer, obesidade e outras podem afetar o desejo sexual;
  • alterações hormonais — flutuações hormonais durante gravidez, menopausa e amamentação podem afetar o desejo sexual;
  • medicamentos — alguns medicamentos, como antidepressivos, remédios para pressão arterial e pílulas anticoncepcionais, podem afetar a libido;
  • estilo de vida — fatores como fadiga, falta de sono, consumo excessivo de álcool e drogas podem afetar o desejo sexual.

Fonte: BBC, Jama Network

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